Roberto Lima e Pedro Henrique Duarte teriam sido impedidos de entrar na unidade após solicitarem cópia de inquérito.
Dois advogados denunciaram terem sido agredidos com empurrões e ameaças por policiais civis ao tentar entrar em uma delegacia de Salvador. Roberto Lima e Pedro Henrique Duarte contam que os agentes não queriam permitir a entrada de ambos, o que consideram uma “violação das prerrogativas do advogado”.
O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (30) na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), em Brotas. Segundo os advogados, a abordagem bruta ocorreu após eles terem solicitado a cópia de um inquérito de 2015, sem resolução até então.
“Nós estávamos lá para tentar resolver o caso de uma vítima de estupro de vulnerável, somos advogados dela. Até hoje, o inquérito não foi remetido e estávamos buscando o documento para encaminhá-lo ao Ministério Público estadual para que o órgão tome providências contra a delegacia, delegada ou quem quer que ele entenda como responsável. Mas, chegando lá, eles não nos permitiram ficar no interior da delegacia. Nós nos recusamos a deixar o ambiente e fomos agredidos pelos policiais civis lotados”,
conta Lima.
O advogado afirma que foi empurrado pelos policiais, assim como o seu colega, que chegou a cair em cima de uma cadeira. Com o episódio, Duarte chegou a ficar com o terno rasgado. “Nos sentimos totalmente violados. É um espaço público. Houve agressões físicas, intimidações… a todo momento um dos policiais colocava mão sobre a arma, que estava dentro da calça, como se a qualquer momento pudesse sacá-la. Outro ameaçava, dizendo que só não batia na nossa cara por pena”, relata.
Questionado sobre o motivo alegado para o impedimento da entrada na delegacia, Lima afirma que “não explicaram”. “Foi truculência policial, não existe motivo”, considera.
Após o ocorrido, os advogados compareceram à Corregedoria Da Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência, acompanhados da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil seção Bahia (OAB-BA). Estiveram presentes no local os membros representantes da comissão Rebeca Lima e Victor Gurgel.
A delegada responsável pelo Derca, Simone Moutinho, que não quis falar sobre o caso.
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