Como já é de conhecimento público os deputados federais e
senadores brasileiros, após muita briga e pressão, conseguiram aprovar o
famigerado Fundão Eleitoral. O valor fica na casa dos R$ 5,7 bi.
Obviamente, neste valor absurdo, não estão computadas as emendas
parlamentares liberadas pelo governo federal, as quais em muitos casos não chegam
realmente a se transformarem em benefícios sociais para a população. (Veja AQUI) A imprensa nacional divulga diariamente o desvio destas emendas para o bolso de
parlamentares através de empresas de fachada e licitações fraudulentas. (Veja AQUI)
A pergunta que se faz é: E o eleitor, como fica frente aos choramingos
dos deputados com mandatos e os que postulam uma vaga na maior máquina de
ganhar dinheiro do Brasil, a Câmara dos Deputados e o senado Federal?
É comum deputados com dois ou até mesmo cinco mandatos
sucessivos aparecerem nos municípios à cata de votos à partir deste mês de maio
até as vésperas das eleições. O engodo muitas vezes realizado com sucesso, é
dizer que não tem dinheiro para a campanha e tentar emplacar as já tradicionais
promessas. (Aprenda mais AQUI)
Muitos políticos honestos, e são raros, ficaram contra a
decisão do Senado em aprovar um orçamento absurdo como o atual.
O senador José Aníbal (PSDB-SP), foi um exemplo. Ele lamentou a decisão do
Congresso. Classificou como “exorbitante” o valor previsto para o fundo e
estimou que isso sustentaria um ano inteiro de auxílio emergencial para 1
milhão de famílias.
Toda vez que a política se monetiza muito, aquilo que é a função crucial da atividade política, que é promover políticas públicas de qualidade, vai perdendo valor. Passa a ser uma disputa feroz em torno de recursos eleitorais, que, por mais lícitos que sejam, transcendem qualquer razoabilidade. Muitas vezes é o Parlamento que fragiliza a democracia por atitudes desdenhosas, que acabam distanciando a sociedade.
O que fazer?
A questão em foco é, apesar dos postulantes com mandato em ambas as
casas legislativas disporem destes mega recursos para investimento,
não o farão. Longe disso, tentarão de todas as formas iludir através do viés das promessas, o
eleitor e principalmente as lideranças da base, que são aquelas pessoas com
poder de convencimento social no espaço em que convivem, a votarem e pedirem votos sem nada em troca, salvo as promessas.
Neste contexto, questão ética que se discute é: Se cada deputado federal e
senador com mandato detêm esse poder de fogo, e você é quem vai convencer o
povo a votar neste ou naquele candidato, vai trabalhar de graça? Vale lembrar
que depois das eleições e dos “doutores” da política estarem garantidos em
Brasília você não os verá mais na sua cidade e terá de responder pelas
promessas feitas ou pelo próprio político ou em nome dele.
A regra é que você não deve vender o voto, até por que é
crime grave (Veja AQUI). Mas exigir que o postulante a uma nova cadeira na Câmara
Federal ou no Senado faça algo pela sua comunidade
é legítimo.
A conclusão é obvia. Dinheiro não irá faltar. Portanto muito
justo que esse dinheiro que é do povo, volte para o povo. Não pela via expressa
da compra de votos, mas pelo financiamento direto das mínimas necessidades
sociais da sua comunidade. Por exemplo, doar computadores para uma escola,
colocar ar condicionado em um colégio no seco sertão brasileiro, comprar uma ambulância
novinha para a associação do seu bairro, e assim por diante.
Não aceite trabalhar de graça para
postulante às eleições deste ano de jeito nenhum. Reúna a sua comunidade e reflita
sobre o que está acontecendo de fato, nos bastidores da política nacional e
local.
Dinheiro, tem e muito, não seja otário, afinal é através dos
milhões de otários brasileiros que deputados e senadores vão dividir o bolo de
bilhões de reais do Fundão Eleitoral.
Foto :::: Divulgação
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